A Logística Contra a Crise

Não se fala muito além da crise econômica e política que vivemos atualmente em nosso país. Apesar de desgastado o assunto temos que olhar para os bons exemplos de nações que já passaram por isso e retomaram a estabilidade econômica. Uma estratégia adotada por diversos países em momentos como este é apostar em seus pontos fortes.
Falando em Brasil, é evidente até pela extensão e localização que um de nossos grandes potenciais e que se bem explorado que poderia ser grande ponto forte é a logística.
Acontece que a logística no Brasil sempre ficou em segundo plano. Hoje se estima que o país possua uma frota de mais de 82,5 milhões de veículos motorizados e mais da metade (46 milhões) é de automóveis. As estradas nem de longe acompanharam esse desenvolvimento, tanto que hoje o país possui menos de 204 mil km de rodovias asfaltadas numa malha de 1,36 milhão de km.
Mesmo com uma geografia altamente favorável para diversos modais, se projeta que o rodoviário esteja na casa dos 70% em representatividade, ai temos outra deficiência.
Considerando que dois terços dos custos de quaisquer produtos são custos logísticos, o Brasil perde 13% do PIB (Produto Interno Bruto) devido às deficiências logísticas.
A logística quando bem estruturada e planejada, colabora com a redução de custos, melhora eficiência e satisfação dos clientes, rentabilizando mais as empresas.
É bem provável que se o país tivesse uma logística bem planejada e executada com seriedade estaríamos com maiores índices de desenvolvimento, podendo combater melhor possíveis crises.
A notícia boa é que as empresas já estão percebendo isso e estão valorizando os profissionais do setor. Nos cargos de gestão, há até a expectativa de aumento nas médias salariais, em índices que variam de 3% a 6,9%, percentuais generosos em tempos de recessão segundo o Guia Salarial 2016, elaborado pela consultoria de recrutamento Robert Half, com filial em São Paulo.
Baseado no texto de Marcos Aurélio da Costa