A Defasagem Fretes Segundo a NTC

Diante do cenário econômico e político desfavoráveis, muitas empresas passaram a reduzir custos, a retardar investimentos e adiaram decisões estratégicas, como forma de contornar a situação.
Como o setor de transporte de cargas é sempre atingido pelas oscilações na economia, sondagens realizadas pela NTC (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) contataram que 77% das empresas do setor de transporte de cargas tiveram queda no faturamento no primeiro semestre de 2016, resultado dos descontos nominais concedidos no frete neste período, que alcançaram 2,6% (real 10,4%) e do menor volume de carga transportado que caiu em média 12,5%. Como se não bastasse ainda há o problema do atraso no recebimento dos fretes que atinge 86% das transportadoras. A consequência direta é a constatação de que 65% das empresas tem caminhões parados, atingindo 11% da frota.
Essa defasagem entre o valor cobrado e os custos da operação atingiu, 9,81% no transporte de cargas fracionadas e 22,9% no transporte de cargas fechadas (lotações). Valores alarmantes quando se observa que não são considerados nos cálculos de custos a maioria dos impostos e a margem de lucro.
Assim, aquelas empresas que não ajustaram seus preços aos novos custos devem fazê-lo o mais rápido possível, antes que os mesmos agravem de forma irreversível as suas finanças e comprometam o seu futuro.