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A logística dos brinquedos


Com um faturamento de R$6.018,7 milhões em 2016, o mercado de brinquedos no Brasil (produção nacional + importação) movimenta números consideráveis em volume de carga transportada, principalmente através do rodoviário - modal mais utilizado na distribuição interna e aos países do Mercosul.

Apesar de menos utilizados, os fretes aéreos e de cabotagem também são adotados, especialmente na importação de produtos da China e países da Europa, como a Alemanha, por exemplo. Para muitos embarcadores do setor, um dos principais entraves enfrentados nesses modais diz respeito à dificuldade de se cumprir o lead time, uma vez que nem sempre a partida dos navios é suficiente para suprir a demanda.

Cumprimento dos prazos de entrega, excelência na qualidade do serviço de seus fornecedores, diminuição dos custos de frete e de movimentação e atendimento às demandas de acordo com a época do ano (sazonal) são alguns desafios enfrentados pelos embarcadores do setor que, por isso mesmo, valorizam bastante o planejamento logístico.

Exigências para contratação de fornecedores

Grande parte do transporte deste segmento é feito por transportadoras terceirizadas, geralmente com o apoio de um operador logístico. A contratação de um fornecedor exige, na maioria das vezes, que ele ofereça rastreamento de frota, gerenciamento de risco, armazéns espaçosos, capacidade de atendimento e fluidez de carga, para atender a um lead time cada vez mais apertado, ocasionado pelos constantes atrasos nas programações de compra dos clientes de embarcadores. Porém, considerados como básicos, esses requisitos ainda perdem para preço, prazo de entrega e qualidade dos serviços, de maneira geral.

O roteiro básico de transporte e logística dos brinquedos começa com a coleta da carga no cliente e a triagem dos produtos em seus centros de distribuição, de acordo com as rotas de entrega. De janeiro a setembro, período de datas como Natal, Dia da Criança etc., esse movimento pode aumentar em até 50%, fazendo com que, eventualmente, embarcadores e transportadoras tenham dificuldades de agendamento e entrega. Além do custo do frete, este é considerado um dos principais problemas, pois resulta em muita espera para descarga e, portanto, veículos ociosos.

No Brasil, no tão sonhado mundo dos brinquedos, a realidade das operações logísticas é levada bastante a sério. A expectativa é de que cada vez mais as transportadoras e operadoras se modernizem, no sentido de fornecerem dados em tempo real, e que invistam mais no treinamento e na especialização de seus funcionários.

No exterior, as cadeias logísticas do setor de brinquedos já caminha muito à frente. Confira abaixo, no vídeo da NatGeo, a cadeia de suprimento e logística da mega fábrica da Lego, na Dinamarca.

Carga fracionada no mesmo setor

O transporte de carga fracionada é algo bastante corriqueiro no mercado. Porém, ele é feito, na sua grande maioria, entre setores diferentes. Por exemplo: geralmente, transporta-se em um mesmo caminhão produtos diferentes (menos os químicos, claro). Porém, no mercado de brinquedos, já é comum o frete compartilhado entre players do mesmo setor. Exclusivismos à parte, para muitos embarcadores isso contribui para que as transportadoras se especializem e melhorem o serviço.

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