‘Aviso de ponto cego’ é a tecnologia que mais tem contribuído para evitar colisões, diz a Consumer R

Os recursos avançados de assistência ao motorista (ADAS, em inglês) já provaram ser relevantes para maior segurança de motoristas e passageiros no mundo inteiro. Essas tecnologias se utilizam de câmeras, radares, sensores e processam informações por meio de computadores, identificando riscos e ativando mecanismos que impedem as colisões.
O ‘aviso de ponto cego’ é um desses sistemas, sendo o mais votado (com 60% dos votos) na pesquisa da consultora independente Consumer Reports, como o que mais contribuiu para evitar colisões. O levantamento foi feito com consumidores e levou em conta informações sobre 72 mil veículos.
Já o ‘alerta de tráfego cruzado traseiro’ e o ‘travamento automático traseiro’ (que emitem alerta e param o carro quando o veículo está em marcha à ré e existe algum obstáculo) ganharam o voto de 52% dos entrevistados. O sistema de ‘controle de cruzeiro adaptativo’ ficou com 19% dos votos. Também foram citados os sistemas de alerta de colisão frontal e o de frenagem de emergência automática.
Dos motoristas participantes da pesquisa, 57% disseram terem sido poupados de colisões graças a pelo menos um recurso avançado de assistência ao motorista presente em seus veículos.
ENTENDENDO O ‘AVISO DE PONTO CEGO’
Também chamado de ‘sensor de ponto cego’. Ajuda o motorista a identificar carros ou pedestres nas laterais traseiras do veículo, dentro do campo limitado ou de obstrução da visão, ampliando a percepção de quem dirige para 360 graus no entorno do carro. Quando o sistema começa a rastrear um veículo, as luzes de alerta permanecem ligadas até que o veículo saia do ponto cego.

Como funciona?
O dispositivo funciona basicamente por sensores de pulsos ultrassônicos ou radares de proximidade. A cobertura omnidirecional desses sistemas é a principal vantagem em relação ao laser que, para adquirir uma cobertura de 360 graus exigiria sistemas e tecnologias mais sofisticadas e caras que os adotados.
Os sensores de pulso ultrassônico e radares de proximidades emitem ondas em todas as direções e, ao receber retorno, informam aos sistemas eletrônicos para processamento e acionamento dos alertas ao motorista.
O aviso pode ser tanto por luzes de LED nos retrovisores externos como por luzes no painel ou até na coluna traseira do veículo, sempre estrategicamente colocadas para evitar distrações ao motorista.
Como melhorar o campo de visão

O sistema de alerta de ponto cego é um assistente de direção que complementa as habilidades do motorista. Para aumentar a segurança durante a condução, mesmo com o sistema, é importante não descuidar do correto posicionamento dos retrovisores externos e do interno.
O ponto cego é sempre lateral e traseiro e, para diminuir seu campo de obstrução é preciso ampliar o campo de visão dos espelhos.
Antes mesmo de direcioná-los, é preciso estar bem posicionado no banco: pés devem alcançar fácil e confortavelmente o fundo dos pedais, braços devem alcançar a parte superior do volante, ainda semiflexionados, e as costas devem ficar bem apoiadas no encosto do banco.
Ajustado ao banco, o primeiro espelho a ser posicionado é o interno, que deve encampar a maior parte do vidro traseiro. Mas, para diminuir o ponto cego é preciso regular corretamente os retrovisores externos, já que pequenos ajustes neles podem significar metros de cobertura ou obstrução.
O correto é ajustar os espelhos para aumentar a visibilidade da via e diminuir a visão da lateral do veículo.
Fontes de apoio: CNT | Blog Carlider